Nota Fiscal Eletrônica será obrigatória para 92 mil estabelecimentos
em abril
Brasil Econômico
A partir de abril, cerca de 92 mil estabelecimentos de São Paulo
serão obrigados a emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em
substituição à nota fiscal em papel.
As empresas que estiverem enquadradas em 239 CNAE (Classificação
Nacional de Atividades Econômicas) serão credenciadas
automaticamente no ambiente de produção da Secretaria da Fazenda do
Estado de São Paulo e, desta maneira, não poderão mais emitir notas
em papel a partir do próximo mês.
São CNAE relativas, em grande parte, a setores econômicos que já
estão obrigados à NF-e por conta das atividades efetivamente
exercidas.
As informações sobre a obrigatoriedade e credenciamento para emissão
de NF-e estão disponíveis à página www.fazenda.sp.gov.br/nfe.
O calendário de obrigatoriedade entra em nova etapa em julho deste
ano com o enquadramento de empresas de mais 68 CNAE que correspondem
a 69,8 mil estabelecimentos e abrangem setores do comércio
atacadista de papel, fabricação de móveis, lâmpadas, entre outros.
O cronograma se encerra em outubro, com a inclusão na
obrigatoriedade de mais 56,7 mil estabelecimentos enquadrados em 249
códigos de classificação de atividades econômicas referentes a
setores com os de lapidação de gemas, impressão de jornais e
confecção de roupas íntimas, por exemplo.
Desta maneira, até outubro de 2010, São Paulo terá cerca de 200 mil
empresas emitindo notas fiscais eletrônicas.
A Nota Fiscal Eletrônica é um projeto de âmbito nacional do qual
participam todos os Estados, Distrito Federal e Receita Federal.
Seu objetivo é reduzir custos, simplificar obrigações acessórias dos
contribuintes e, ao mesmo tempo, possibilitar um controle em tempo
real das operações pelo Fisco.
Até o momento foram emitidas no país mais de 848 milhões de Notas
Fiscais Eletrônicas sendo que, deste total, 273 milhões só no Estado
de São Paulo.
A obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica teve início
em abril de 2008 com cinco setores, ligados a indústria e comércio
de cigarros e combustíveis.
Em dezembro do mesmo ano, outros nove setores entraram na
sistemática (fabricantes de automóveis, de cimento, de bebidas
alcoólicas e refrigerante, entre outros).
Em abril de 2009 mais 25 setores foram obrigados a emitir a NF-e,
entre eles produtores, importadores e distribuidores de gás e
produtos siderúrgicos.
Finalmente, em setembro de 2009, 54 novos setores, entre fabricantes
de papel, de alimentos para animais, de farmoquímicos e de
laticínios, passaram a utilizar a nota eletrônica.
Em funcionamento desde abril de 2006, a NF-e é um documento de
existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com
a finalidade de documentar, para fins fiscais, uma operação de
circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços ocorrida
entre as partes.
Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do
remetente e pela recepção, pelo Fisco, do documento eletrônico,
antes das saídas de mercadorias.