Aumento da Cofins atinge 200 mil empresas

Na tentativa de pôr fim às discussões sobre a Medida Provisória 135, que acabou com a cumulatividade da Cofins e elevou sua alíquota para 7,6%, a equipe econômica preparou números para mostrar que os ganhos do setor produtivo serão maiores do que os prejuízos.

Numa reunião da qual participaram todos os líderes da base do Governo, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse aos parlamentares que 2,6 milhões de empresas — destas, dois milhões de microempresas — não sofrerão os efeitos da MP. Rachid ressaltou que, das 200 mil empresas que serão alcançadas pela MP, a maioria é do setor produtivo e, por isso, terá ganhos. Disse ainda que o governo acredita que a renúncia fiscal decorrente da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de bens de capital e do fim da tributação de investimentos pela CPMF será de R$1,6 bilhão. O setor de serviços, que será o mais prejudicado, será compensado pela desoneração da folha de salário.

Durante o encontro, a base do governo avaliou que a divulgação da MP foi mal conduzida, o que teria criado um clima de desconfiança nos próprios partidos que apóiam o governo. Na reunião, parlamentares e representantes do Executivo afinaram o discurso em defesa das medidas.